No fim-de-semana passado uma senhora que estava na mercearia lá de baixo reconheceu a cadela que me aguardava pacientemente lá fora e meteu conversa comigo, identificando-se como mãe duma amiga da rica filha. Demos beijinho e a senhora disse que a Olívia já tinha estado uma dia desses lá em casa, por isso a reconheceu e mais não sei o quê. Depois fez-me saber que tenho uma menina de ouro. Respondi com alegria, concordando com a sua declaração, a cadela é muito sossegada, meiga, obediente, dentre outras coisas igualmente boas e desejáveis.
‘Não é a cadela, é a sua menina!’
Caiu-me tudo ao chão, oh céus, como é possível eu ter feito esta confusão?!
Ná… Estou a exagerar, claro que fiquei um pouquinho constrangida mas passou depressa, a senhora ainda acrescentou que a rica filha é uma amiga espetacular que a filha tem e que está muito grata por elas se darem uma com a outra.
Ora bem, uma mãe gosta de ouvir estas coisas…
E…
Há dias escrevi que as boas opiniões que temos das pessoas não devem ficar guardadas até que a morte nos separe… Outra vez o póstumo. A ideia do póstumo, que o póstumo é uma realidade em que o morto não está nem sente nem ouve nem vê, essa ideia, persegue-me.
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