segunda-feira, 24 de junho de 2013

Uma mulher num texto virgem

Igual, não, diferente, troca a perna. Há o livro; há os óculos escuros pousados cuidadosamente em cima da mesinha; há a mão apoiada no queixo; há o ar pensativo. Não há mistério. Não. Não e não. Lê avidamente, muito compenetrada. Tem um vestido curto com florinhas vermelhas. Num repente, diria que quer parecer mais nova mas não vou por aí, esse caminho é fácil, vou por outro, igual a tantos, onde não há originalidade.
Até pareço eu. Mas não. Nunca saberia descrever-me verosimilmente.

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