À noitinha fui ver dois miradouros de Lisboa: o da Graça e o da Senhora do Monte. Devido ao calor havia mais pessoas e turistas que o costume. Sim, os turistas são pessoas, mas é assim mesmo: havia pessoas e turistas, digamos que são duas espécies distintas. Rente ao muro podia ver-se o esplendor da cidade; as luzinhas, as avenidas, ruas e becos, prédios. Em suma: civilização, obra humana, grandeza, charme. Achei a vista magnífica e vazia de pessoas e desejei imenso que os miradouros se encontrassem assim, sem ninguém, vazios. Sem vida, bem sei. Que não se atente por aí além, isto é a minha ignóbil e dominante ânsia de solidão a falar.
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