terça-feira, 11 de junho de 2013

Lugares alentejanos;
Prosas ligeiras

Os lugares

É Albernoa; é Aljustrel. Lugares amplos e sós, tão ao jeito do Alentejo. Mas vivos.



As ligeirezas

Estive de vista aos meus pais em Albernoa, uma aldeia não muito bonita mas certamente muito típica, quer pelas vistas quer pelos habitantes.

A minha ti Bia é um espetáculo, tem um humor do mais seco e cortante que conheço, quiçá à moda do Alentejo, estive lá em casa e foi um fartote de rir. Além de mim e da minha mãe estavam duas senhoras da sua faixa etária a fazer-lhe companhia. Falaram em tempos idos, do que os maridos haviam levado na arca do enxoval: o mê Chico levou isto, o mê Manel levou aquilo. Falaram em cuecas mijadas, em ceroulas cagadas e em quantas têm que lavar por semana, cujo número não vou revelar. E o humor da minha ti Bia atuando e a gente rindo.

Domingo à noite fomos à feira agrícola de Aljustrel. Encontrei-me com a bloguista Olinda do blogue ‘rabiscos, rascunhos e limitada’, falámos e falámos, de literatura e não só. Vi barraquinhas expondo e vendendo artesanato, queijos, enchidos, vinhos e doçarias. Comprei um queijo curado, mel e postais. Ouvi bandas tocar e outros artistas a solo. Em suma: deambulei mas desta feita acompanhada. Os ricos filhos ainda se divertem connosco, os meus pais idem, a cadela idem.

Segunda-feira rumei de novo a Aljustrel e conforme se pode verificar acima tirei montes e montes de fotografias, muito embora apresente apenas uma pequena parte.

2 comentários:

  1. Os velhos estão sempre a contar "partes", de preferência "partes" acerca de nódoas amarelas na roupa interior.

    É bom ver a minha terrinha assim em fotografias, noutro blog. E foi bom ver-te, falar contigo, e conhecer os teus ricos filhos!

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  2. :)

    Agradecida, Olinda. Também gostámos de estar e de falar contigo.

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