terça-feira, 25 de junho de 2013

A droguista

Uma cliente pediu aguafás. Era ucraniana, por isso a distorção do nome. Se não era ucraniana era doutra nacionalidade qualquer daquelas bandas, não é aí que reside o fulcro do momento.

De vez em quando convém deixar escrito que trabalho numa drogaria e coiso. Convém acrescentar que era aguarrás que a senhora queria. Também me apetece dizer que sendo uma droguista moderna, vendo aguarrás em garrafas de litro, chegam aqui embaladinhas e bonitinhas, que o cliente gosta de ver aprumo e asseio.
Mas o cliente nunca viu um buraco no chão, vedado com uma peça de ferro. Eu já. Antigamente abria-se aquela tampa para o fornecedor de químicos enfiar um tubo por ali abaixo e depositar cem (ou mais) litros de aguarrás no armazém em cada carregamento. E petróleo e benzina. Antigamente era assim mas agora não. Sou uma droguista moderna.

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