quinta-feira, 25 de abril de 2013

Diário de 'Gina, a mulher que tem um blogue'

O meu dia foi esquisito. Às vezes faz bem dias destes. Acordei cedíssimo em comparação com o costume. Não vou revelar a que horas, ninguém precisa de saber a minha vidinha. Estava farta de sonhar parvoíces.
A cadela atrás dum rato cá em casa.
A cadela com o rato morto na boca, querendo escondê-lo algures.
A cadela com o focinho entalado numa ratoeira.
A cadela morta, estendida no chão, por não poder respirar, pois se tinha o focinho espalmado!
Paradoxal... Tanto de cadela heroína como de derrotada.
Então levantei-me e pronto.

De manhãzinha vi um filme de gaja. Um filme acerca de danças com o ator Patrick Swayze no papel principal, é um filme de gaja. É um bocadinho parado, mas pronto, viu-se. É uma história bonita, tem dentro uma paixão de rebentar com a escala, uma reconciliação amorosa de chorar, uma persistência no encalce dos sonhos que é bastante invejável. E tem outras coisas bonitas de se ver. O filme chama-se 'Dança Comigo Outra Vez'.

Por ter um filho que namora e um marido e uma filha que trabalham em muitos feriados (como foi o caso deste feriado) acabei por ser eu a passear a cadela em dois dos seus passeios diários. Foi fixe. É muito fácil as pessoas meterem-se com ela, pela sua meiguice e submissão.
Graças à minha cadela conheço mais um vizinho
- simpatiquíssimo -
houve uns rapazes que lhe chamaram Sílvia parecendo-me que a conheciam demasiado bem (mas é Olívia),
- de notar que não é meu costume andar com a bicha na rua -
houve um homem lá do alto da sua janela a fazer 'psst, psst, ó nina', e eu a pensar que era pra mim 
- mas não era.

Almocei ervilhas com ovo. Fiz waffles. Bati natas. Derreti chocolate. Comi e coiso.

Lavei roupa.
Lavei louça.
Lavei janelas.
Limpei pó.
Arrumei coisas.

Aprontei... Ou apontei, um vestidinho para a rica filha. Digamos que cortado já ele está, falta a confeção.

Queria comprar morangos. A senhora da mercearia não tinha.
Queria comprar batatas. Esqueci-me.
Queria fazer sopa. Não tinha batatas.
Não, não faço sopa sem batatas. Sopa sem batatas não é sopa, é um caldo sensaborão.

Hum, o marido chegou, o filho chegou, a filha ainda não. O filho foi ver a bola, os restantes jantaram. Tenho de ir pôr a louça na máquina. Já vou, que agora estou na internet a ouvir músicas lamechas e a escrever cenas desenxabidas e a temer não ser capaz de escrever os textos pecaminosos...

... Agora a sério: não me venham dizer que roxo e amarelo são duas cores que não combinam... 


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