quinta-feira, 21 de março de 2013

Morte anunciada

Li um post chocante no fuçasbuque. Um dos meus contactos (alguém que não conheço pessoalmente) publicou uma carta de despedida aos amigos e familiares, onde anunciava não com muita clareza que acabaria com a vida logo a seguir àquela publicação.
Fiquei estupefacta.
Entretanto pus-me a ler os comentários dos (verdadeiramente) amigos e conhecidos dessa pessoa, iam para aí nuns setenta, dando para perceber que encontraram este amigo antes da fatalidade acontecer. E ainda bem.
(De seguida falarei por mim e estarei meramente a especular acerca do sofrimento alheio.)
Depois de esfriada esta situação reconheço que as cartas de despedida que antecedem o suicídio não passam dum brado infeliz e revoltado: 'estou aqui a sofrer horrores, olhem para mim, salvem-me, tirem-me deste fosso senão eu mato-me!'
Afinal talvez aquele texto não tenha sido uma despedida, pois tenho para mim que o suicida que quer morrer não avisa ninguém.

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