segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

Vinho feito a martelo

Nota prévia:
Apresento hoje os poemas que fiz noutro dia (ver aqui) e que eu própria ainda não tinha lido. Respeitei todos os versos, não respeitando porém as quebras de linha, por uma questão puramente estética.
Li os poemas, finalmente, li-os enquanto os transcrevia para este blogue. Foi um processo criativo que se desenrolou duma maneira estranha desde o início. Às vezes acontecem-me cenas invulgares em matéria de letras, o que é benéfico, fico com a mania que tenho parte com o meio literário e sou inclusivamente muito boa no ato de escrever. Tanto que me sinto arrepiar.

Poemas no auditório

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Um bocadinho
Aqui
Estou um bocadinho
Aqui
Palavrinha ali e
Aqui
Vidinha
Aqui
A tua vidinha
Ali.

Números,
Números
Aqui
Registos são
Aqui
Eu quero é livros
Aqui
Falem das letras
Aqui

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Escrever assim
Como?
Com os números
Faturação
Recibos,
Notas de crédito,
Faturas simplificadas
R; NC; FS
AT
AT?
Sim.

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O meu sonho é ser um sonho
Escrever unicamente
As quimeras do coração
Deixando de lado
A ciência e a precisão.

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Sonho ser mulher
De sonho
De sonhar
De quimera
Do coração
Sem contraponto
Com emoção
Sem cabeça
Sem ciência
Coração, coração.

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Menina do rim
Menina da mãe
Operação
Troca
Amor
Partilha.

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