terça-feira, 13 de novembro de 2012

A poetisa

Tenho-me dedicado à poesia ultimamente. Gosto. Não gosto. Depende. Produzo textos com alguma poesia, sei que sim, e gosto da minha poesia, mas (tal como acontece na prosa...) receio que seja só eu a gostar, ou, pior, a entender.
Entretanto começou a decorrer uma mostra de poemas no fuçasbuque da editora para o qual fui amavelmente convidada a participar, e eu, armada aos cucos, ao pingarelho, em carapau de corrida, ou, ainda, em poeta medíocre, mandei para lá uma série de frases da minha criação. Agora estou arrependida. Quero dizer, estou mais ou menos arrependida.
O mais giro deste acontecimento foi o seguinte: há uma frase muito minha, muito eu, que escrevi há tempos → Não escrevo essas palavras bonitas que todos gostam de ler. Agarrei na frase e para a fazer parecida com a poesia fiz assim:

Não
escrevo
essas
palavras
bonitas
que
todos
gostam
de
ler.

Vai daí, esta que não escreve palavras bonitas, recebeu um comentário da própria editora dizendo 'isso', só 'isso', sem a ênfase da pontuação. Ou seja, estou confusa... 'Isso' porque realmente não escrevo palavras bonitas? 'Isso' porque devo seguir em frente? 'Isso' tipo força aí, a gente está contigo, continua? Não sei. E o melhor é não saber. Viver na ignorância é vantajoso.

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