terça-feira, 30 de outubro de 2012

Confessando

São confissões.
Posso pensar que adoro escrever e não sei falar, mas isso por vezes é uma desculpa longe da verdade.
Eu sei falar, a minha língua move-se bem, há cordas vocais na minha garganta. O meu aparelho vocal está dentro dos parâmetros da normalidade.
Já os dedos são uma desgraça, atrapalham-se, digitam sílabas ao contrário, os acentos ficam sempre num espaço; os tiles, os circunflexos, todos fora do lugar numa primeira corrida, depois retifico, quero usar o que aprendi num cursinho de datilografia que tirei aos quinze anos, fazer uso da dedilhação, digitaria tão mais depressa...
Também não sei escrever lá muito bem, portanto.
Mas gosto mais de escrever que de falar. Gosto, gosto.

Isto aqui são confissões confessadas a uma nuvem ou às folhas das árvores. Às vezes também digo coisas ao arco-íris, mas esse é mais arisco, nem sempre aparece.

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