sábado, 22 de setembro de 2012

Términus

Terminei a leitura do livro 'A menina é filha de quem?' (Rita Ferro) durante as férias lá fora. Ainda não houve ocasião de escrever as minhas conclusões acerca do livro, ora porque não me apeteceu ora porque me fui esquecendo. É hoje.

Gostei bastante deste livro, mostrou-me um lado da vida que não conheço, o dos meninos betinhos, onde há dinheiro e posição social elevada, onde a vida é ornamentada diferentemente. Claro que nem tudo é positivo, há podridão humana também nesse meio, o que não me surpreendeu por aí além, onde há pessoas... as pessoas agirão como tal, o que de certa forma prova a genuinidade inata de todos nós; o cerne do ser humano, onde quer que estejamos.
Mas queria sobretudo registar que este livro sendo um romance autobiográfico me trouxe uma visão do meio artístico que eu desconhecia, a autora cresceu no meio de poetas e escritores. A dada altura do seu discurso refere que os artistas pensam livremente, assim como que ingenuamente, tudo lhes parece permitido, por assim dizer, não têm maldade se agirem sem a intenção de magoar.
Sei que esta ideia é discutível, no entanto compreendo-a. Há algo de libertino e despreocupado na mente dum artista, tudo se pode fazer. Nesse todo, espremendo e espremendo e espremendo, o artista encontra arte, pontilhada ou intensamente brilhante, que pode ser vulgar, banal, ou até de baixo escalão, pouco me importa. Sim, aqui já estou a falar por mim, eu sinto assim.

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