Chegou-lhe uma dor repentina ao peito. Uma dor ou tristeza, não sabe, só sabe que o fogo dos últimos dias se extinguiu por causa da dor.
Saíram todos e ela ficou em casa, então dá-lhe para pensar em tristezas indizíveis e tem vontade de escrevê-las, só que não sabe escrever, não está habituada a isso, a exposição aflige-a. Enquanto a caneta atravessa o papel formando as toscas frases ela recorda tempos idos em que dava vazão a sentimentos nobres sob a forma escrita. Sim, já escreveu, mas está lá tão longe esse tempo em que pouco importava o que escrevia, apenas importava escrever. Ao presente tem medo de escrever. O que são as coisas...
|xaraooo|
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