quinta-feira, 13 de setembro de 2012

Baú

«O meu telemóvel faz-me lembrar algo, alguém ou uma situação em particular. Talvez não devesse escrever nada disto, mas por vezes é tão difícil não quebrar certas regras, é tão difícil não me deixar levar ao sabor daquilo que não devo pensar, é tão difícil controlar alguns pensamentos que tenho. (...)Porque, no fundo, estas coisas sabem mesmo bem.
27/12/07»

O pensamento é do mais livre que há, ninguém lhe poderá jamais aceder. Melhor que esta liberdade só se for um tapete voador, e eu em cima dele, voando, umas vezes em pé de pernas ligeiramente afastadas, sentindo o frescor do vento, outras de cócoras, espreitando para baixo, maravilhando-me com o universo afinal tão pequenino. Por qualquer razão desconhecida materializo a minha liberdade num tapete voador.
Ninguém sabe o que penso, certo? Então vou pensar o pensamento mais horripilante. Posso e quero. Já não tenho vergonha dos pensamentos perversos ou não merecedores de atenção, já não tenho idade para esses embaraços. Pode pensar-se tudo, não tenhas medo, ninguém descobrirá.

Sem comentários:

Enviar um comentário