quarta-feira, 1 de agosto de 2012

Saída de um trinta e um

O julho terminou. É um mês com que tenho um envolvimento diferente, provavelmente por ser o mês em que nasci.

Hoje é dia 1 de agosto. De manhã dizia a locutora que o dia primeiro deste mês é o primeiro dia de inverno. A ver vamos. Agora está um calor que não se pode, qual inverno, qual quê.

Há vários dias que pouco escrevo e nada tenho publicado. Precisava desta brecha, eu bem dizia noutro dia que estava cansada da ansiedade – tão suprema que roça a agonia - de tudo escrevinhar e partilhar.

Se tenho escrito mais cedo talvez contasse da vez que deitei um vestido no caixote do lixo e da outra vez em que deixei uma pulseira prateada em cima dum caixote de lixo na Praça de Espanha (Lisboa). Não foi por nada de especial, este deitar fora assim tão despeitado, foi porque sim.
Também podia ter contado que na avenida dos Combatentes (Lisboa, pois) há ali pelo meio dos carros um espaço verde onde está plantado um arco lindíssimo, tipo assim l' Arc du Triumph, à Paris. Passa tão despercebido... Não fosse estar apeada e uma vez mais não o teria visto.

Pode ser sim, ou pode ser não. Se for sim, poderá ser sim ou não, de novo. Se for não, idem. Não tem fim, não se sabe nada. É por isso que a realidade me apela tanto. Gosto das coisas concisas, uma de cada vez. Gosto de observar isolamentos, ou partes de vida isoladas das outras partes inerentes. Para que importam as inerências? Desconcentram-me, têm outras inerências, inerentes a si mesmas, formando um emaranhado, horrendo de tão inexplicável. Insondável. Para que interessa a sonda? Não é melhor ser assim como estou a ver e acabou a conversa?

A tristeza é viciante, li eu algures. Acredito que sim, agora estou triste, estou habituada a isso, quando dou por mim estou lá metida, já que é um lugar que conheço de sobeja. Se eu estiver muito alegre, ou mesmo um tudo-nada contente, não terei companhia porque estou ladeada de invejosos. Assim, estou triste e pronto. Afinal conto com a escrita para me acompanhar, é assim há meia dúzia de anos. Prossigo com isto, então.

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