segunda-feira, 20 de agosto de 2012

O bancário

Mudei de dependência e em boa hora o fiz, agora tenho um senhor do banco que é um espetáculo!
Noutro dia eu ia-lhe dizendo os números e ele não tirava os olhos de mim enquanto digitava nas teclas tudo o que eu ditava. Achei aquilo um bocadinho estranho mas fui na onda, que mal é que tem, uma pessoa põe a maldade apenas e só se quiser, onde e como o desejar, diz que o poder da mente é tremendo, de maneiras que pus a mente a trabalhar no sentido de não me imiscuir em vagabundagens.
Ele não aguentou o meu firme olhar (quem diria?) e enganou-se. Riu-se e pediu-me que recomeçasse:
'Vá, outra vez.'
E eu fui na onda, como se cedesse a um capricho bom. Ele voltou a rir e eu repeti uma data de vezes aquele meu risinho que não tem pacto com a inteligência.
Havia outro depósito para a gente brincar novamente e ele, ainda debaixo duma boa disposição oca e alegre, perguntou se eu queria que depositasse o mesmo dinheiro de há pouco e guardar o segundo molho de notas na carteira...
'Isso, o senhor é que decide!'
Estraguei tudo, acabou a brincadeira. Ninguém me curte. Eu e as minhas respostas dum só fôlego, pá...
Depois, quando cheguei ao estamine, o meu colega diz-me que eu tinha um resto de alface preso nos dentes. Cá para mim, com tanto riso parvinho...

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